VAMOS AO MERCADO?
Em 1897 a
população lagunense já tinha o seu mercado...
... e , que
foi consumido por um misterioso incêndio, no ano de 1939. Ruínas derrubadas em
1940.
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No final da
década de 50 surgia o novo e imponente Mercado Público da Laguna. Ponto de
encontro da família lagunense, principalmente aos sábados, dia de comprar
“carne verde,” no açougue de sua preferência, do Grego, Aguinaldo, Pedro Doca
ou do Amorim. Verdura fresca era na quitanda do Lelé.
Na banca
pública, peixe e camarão em abundância. Tempero verde, pimenta da boa ou,
mudinhas de plantas, era com o Manfredo May.
José Effting
vendia pintinhos de um dia. Box do Nardo, sempre com novidades Carne de porco,
fresca? Especialidade da família Brás Barreto que, nas horas vagas, tocava
cavaquinho e bandolim.
Bares e
armazéns de secos e molhados ficavam do
lado externo do prédio.
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No piso
superior já funcionou a Prefeitura Municipal, a Câmara de Vereadores e, até, o Mobral.
Na foto, dá
para notar, que o prédio já estava necessitando de reformas.
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Fundos do
mercado, atualmente, e...
... como
deverá ficar, após a execução do projeto, cujas obras estão paralisadas há vários meses.
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Foto
mais recente do atual estado de abandono.
Perguntinha de algibeira:
A Câmara
Municipal, ACIL ou CDL já nomearam alguma Comissão para, in loco, verificar o atual estágio das obras do
Mercado?
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A INVASÃO
Por que nenhum de nossos fotógrafos conseguiu
fotografar o interior do prédio? Ronaldo Amboni, Gê, nem mesmo o Bocão, que já
foi Homem Aranha e enfrentou coiotes na fronteira do México.
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Já que a
abordagem por mar foi abortada, pensamos
numa invasão aérea. Elvis Palma
desceria sobre o mercado, de asa-delta ou de parapente, fotografando a verdade
dos fatos.
Operação já autorizada pela Associação dos Aposentados
da Praça Dr. Paulo Carneiro, tendo como Presidente João da Banha. Vice:
Natanael Coelho. Secretário: Ronaldo Calazans. Tesoureiro Juci. Contador:
Afonso Barreto. Advogado: dr. José Silveira.
Apoio: Ponto de Táxi e Feirinha do Ribeirão.
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A magistral
personagem criada por Luis Fernando
Veríssimo vivia diante da TV. Fã ardorosa do presidente Figueiredo.
Acreditava em tudo que ele dizia. Sempre otimista.
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Com relação
ao governo de Mauro Candemil, qual vereador age como a Velhinha de Taubaté?
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LAGUNA – NOSSA TERRA, NOSSA GENTE.
Caso de hoje: BOIA GARANTIDA.
Acontece cada coisa estranha com os
pescadores da Laguna, que quando o cronista coloca no papel, todos pensam que é mentira.
Vejam o caso daquele tarrafeador que, ao
retornar da Praia do Gi, percebeu que o pneu da bicicleta estava vazio.
Graças ao ar
existente no ventre do baiacu, ele manteve a câmara de ar, inflada, até chegar a
casa.
Pelos
serviços prestados, o peixe foi devolvido ao mar.
O caso do
Paloma foi, realmente, incrível. Pescava com dois caniços, um de cada lado do
molhe norte.
Como a água
do mar passa de um lado para o outro por
entre as pedras do promontório, arrastando os anzóis, o Paloma acabou fisgando
a mesma garoupa, com os dois caniços.
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Domingo é dia
de pescaria. Naquela manhã, na opinião dos especialistas, o mar estava pra
peixe.
Haroldo Prates, técnico da Eletrosul,
aposentado, após tomar uns drinks com os amigos, no “Necrotério Bar”, munido de
caniço e samburá, despediu-se da turma, afirmando:
___ Pessoal,
vou pescar no molhe, e garantir a bóia de amanhã.
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Instalado,
confortavelmente, sobre uma pedra do molhe norte, Haroldo, com a isca viva
remexendo-se no anzol, balançou o caniço e soltou a linha.
Arremesso de
campeão.
A chumbada
cruzou o canal e caiu, dentro da lancha
da Capitania, que passava por ali.
___ Estou
ferrado, pensou Haroldo, fisguei o peixe errado.
Expectativa
no pesqueiro. Para não ser arrastado pela embarcação, com certeza, o Haroldo jogaria o caniço ao mar.
___ Nem
pensar, não se abre mão de uma vara de
carbono, com carretilha importada da Dinamarca.
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Com sangue
frio, ele foi “dando linha”, aguardando o momento certo.
Sentia-se como o personagem de Hermann Melville,
caçando a baleia Moby-Dick.
A lancha
embicou numa onda, nesse exato momento, Haroldo, de supetão, puxa a linha, e
consegue...
___ Puxar a
lancha?
___ Não, mas
conseguiu ferrar um dos salva-vidas da embarcação.
___ Como
garantira aos amigos do “Bar Necrotério”, a Bóia estava garantida.
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NADA MUDA
Órgãos
ambientais continuam distribuindo mudas de plantas, enquanto o plátano do
jardim Calheiros da Graça continua sufocado pelo inço. Terá o mesmo destino da árvore
de Anita.
A folha do
plátano é semelhante àquela da bandeira do Canadá.
As folhas
que caíram durante o outono deixaram o inço exposto, pedindo para ser cortado.
Quem se
habilita?
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A cidade
ganhou canteiros e flores. E quanto ao jardineiro?
___ Precisamos de alguém que cuide das Rosas,
Margaridas, Hortência, Violetas e não
deixe a Camélia cair do galho.
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MUTIRÃO ECOLÓGICO
Certa
ocasião, os jornais noticiaram que umas 280 toneladas de lixo haviam sido
retiradas da lagoa.
Corri até o
setor de triagem em busca de entulhos
históricos, antes que o professor Marega pegasse tudo.
___ Quem
sabe entre os achados estivesse, o
primeiro sutiã de Anita; a âncora do vapor “Max”; uma moeda calcinada pelo
incêndio do Mercado Público, o sino da folclórica “Maquina 7”, a quilha do
Seival, ou o leme do navio Santo
Antônio, afundado perto da Capitania.
Busca
inútil, nem a verga que impulsionava a canoa “Ademirosa” eu achei.
No setor de “ Borracharia” tentei
localizar o pneu do primeiro carro da Laguna, pertencente ao senhor Willi
Strack. Sem resultado.
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