NO REINO DAS CASTANHOLAS
Para
escrever o livro “ Laguna - Terra mater” o ex-prefeito Adilcio Cadorin e seu
filho Lucas mergulharam fundo, na pré-história da terra de Anita, xeretando
mapas e alfarrábios em busca de dados,
que comprovassem a data de nascimento de nossa cidade e quem foram os padrinhos de batismo.
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Convencido
de que Laguna é muito mais velha, Cadorin esteve na Câmara de Vereadores,
vendendo seu peixe.
Didático,
sem deixar de ser persuasivo, Cadora demonstrou aos senhores edis, que nossa
terrinha já era conhecida nas redes sociais de antanho, lá pelos idos de 1538,
como “Laguna Mbiaçá”.
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Aceita a
tese de Cadorin, de que nossas origens são mais espanholas do que portuguesas,
Domingos de Brito Peixoto seria rebaixado à categoria de povoador da Laguna e
colonizador do Rio Grande do Sul e, mesmo assim, para manter esse status, teria que aprender a tocar castanholas e
decorar a marchinha “ tourada em
Madrid”.
E, quem assumiria seu lugar no
pedestal defronte ao cine Mussi?
___ Dom Juan
de Salazar Y Espinosa?
___ Frei
Bernardo de Armenta, Alonso de Cabrera, ou o polêmico Alvar Nunes Cabeza de
Vaca?
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Escritora
Alice Bertoli Arns em seu livro “ Laguna- Uma esquecida epopéia de franciscanos
e bandeirantes” relata o trabalho dos franciscanos na catequese dos indígenas
da região. Na
época, não era incomum a presença de navegadores a caminho do Rio da Prata,
comerciantes de escravos, piratas e
náufragos.
___ Alguns
deles poderiam ser chamados de “ fundadores da Laguna”?
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Caberá à colenda
Câmara de Vereadores, se assim desejar,
marcar uma audiência pública para decidir sobre a nova certidão de
nascimento da Laguna.
Não é um tema para leigos. Sugiro que
aproveitem a oportunidade, usem o
plenário da Câmara como fórum de debates, e
convidem algumas personalidades interessadas no assunto:
Professor
Marega, escritores Valmir Guedes, Márcio José Rodrigues, alguém representando o
IPHAN, a UDESC, a UNISUL, Fundação Catarinense de Cultura e, naturalmente, o
autor da proposta Adilcio Cadorin.
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Domingos
contempla sua cidade enquanto escuta na voz trazida pelo vento nordeste, um
fado, cantado por Amália Rodrigues,
saudades do além mar.
“Pelas
ruas mais sombrias
Passa o tempo que passou
Serenatas de outros dias
Que a voz do tempo cantou
Pelas ruas mais sombrias Passa o tempo que passou.”
Serenatas de outros dias
Que a voz do tempo cantou
Pelas ruas mais sombrias Passa o tempo que passou.”
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SHOW DE
DESAGRAVO
Quem sabe, o
tenor João Rodrigues – Joãozinho, cujo falecido pai nasceu na Ilha da
Madeira, possa reunir seus amigos num
show em defesa da permanência de
Domingos de Brito Peixoto, como Fundador da Laguna.
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