As duas
bandas centenárias da Laguna.
Tradição que se renova.
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MARATONA DO PADROEIRO.
2ª parte
Confesso que temi pela integridade física
do nosso padroeiro. Uma jornada estafante e desnecessária.
Felizmente,
a linda e preciosa imagem terminou o insano périplo, sem maiores percalços,
pelo menos, aparentemente.
Que este
tipo de insensatez não se repita, aliás, diga-se a bem da verdade, nada acrescentou ao evento religioso.
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As trezenas
sempre prestigiadas por centenas de fiéis. A decoração da Matriz, as flores do
andor, o espetáculo pirotécnico. As “paradinhas”, as lembranças e os pãezinhos,
o fervor, a devoção o folclore e duas bandas centenárias, são ingredientes que
fazem da festa de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, um espetáculo religioso,
impar em nosso estado.
A PARADINHA.
Domingo, dia
10 de junho.
Com surpresa,
eu vi a procissão, entrando pela rua
Duque de Caxias, onde resido.
Observei o
cortejo. Na vanguarda, os “Irmãos de Santo Antônio” com suas opas vermelhas.
No carrinho-andor, o santo padroeiro
parecia flutuar sobre um tapete de flores.
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Eu estava
sozinho em casa, em meu ponto de observação, minha janela, quando aconteceu a
famosa “paradinha”. O carrinho rodou suavemente e, ali estava eu, cara a cara
com o Santo.
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Confesso que
fiquei sem saber o que fazer
Do olhar e
do sorriso daquela imagem que parece viva, emanam uma espécie de mensagem
telepática que fala ao coração e purifica a alma.
E, lá se foi ele, deixando
para trás, uma estranha sensação de paz.
CONVERSAS DE
SACRISTIA.
REPRESÁLIA
A trasladação deste ano, seguindo a tradição,
deveria sair da Matriz do bairro Magalhães.
Mudaram
tudo. O santo saiu da capela de Santa Terezinha, no Mar-Grosso.
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Quando a
procissão noturna passou defronte à Matriz de N.S. dos Navegantes era hora da
missa. Foi completamente ignorado.
Como disse o
radialista Batista Cruz, o pessoal não soltou
nem “espanta-coió”, aliás, todo o bairro ficou em silêncio.
Quem planta
vento, colhe tempestade.
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COQUETEL MOLOTOV
Na noite da trasladação, após a trezena,
era oferecido um coquetel às autoridades, sem qualquer ônus para a Paróquia nem à organização da festa.
Salgadinhos,
doces, bebidas, decoração, tudo de graça. A equipe organizadora formada por
mulheres de nossa sociedade começava cedo o trabalho de arrecadação. O padre só entrava com o local, a Casa
Paroquial.
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O coquetel foi idéia do odontólogo Vanio Pinho, há uns 40
anos. Vigário à época, Antônio G. Herdt.
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Carta do
pároco Lenoir aos fiéis: Em verdade vos digo, este ano não haverá coquetel.
A última
ceia oferecida aos profetas da política será um churrasco no Centro Cultural..
E, assim,
ficou escrito!
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Reação no
Reino da Galiléia, digo, das Pererecas.
__ Logo este ano, com o governador
sendo um lagunense, não podemos lavar as mãos, como Pilatos.
E, assim,
cumpriram-se as escrituras. Uma liderança do Reino organizou o coquetel, na
sede do Sinédrio, quer dizer IPHAN.
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Primeiro ato
da sacerdotisa do coquetel:
___ Negar
salvo conduto ao repórter da cidade, mago da fotografia, Elvis Palma.
Parágrafo
único: negar convite a algumas mulheres
que organizavam os comes-e-bebes na Casa Paroquial.
Em tempos da
Copa do Mundo na Rússia alguém preparou um COQUETEL MOLOTOV.
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O SEQUESTRO
DO GOVERNADOR.
Após a
trezena o pároco acompanhou as
autoridades até ao Centro Cultural. Hora de churrasquear uma picanha.
Ali ficaram
até à meia noite.
E, o Coquetel Molotov?
___ Quase
explodiu!
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CINDERELA
Durante o trajeto, longo e acidentado, uma
festeira perdeu um dos sapatos.
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PASSOU NO
TESTE
Governador Eduardo
Pinho Moreira acompanhou o Santo Antônio desde o bairro Mar-Grosso até à Matriz
no Centro Histórico.
Está em boa
forma para encarar uma campanha eleitoral.
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HORA DA
PRECE
Na trezena
do padroeiro, as “meninas” da “Mamãe-bebê” recarregam as baterias para mais um
ano de luta em prol da Maternidade do Hospital Senhor dos Passos.
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AS “
LEMBRANCINHAS”
É assim a
cada ano, as lembrancinhas da festa do padroeiro são confeccionadas no maior sigilo. E nem sempre atendem ao gosto
dos devotos.
Este ano não foi diferente. A estatueta,
moldada no barro, com seus olhos meio caídos foi logo chamada de “Cerverózinho”.
Pura
maldade.
Vamos
prestigiar o artesão. Quem sabe, num futuro próximo ele possa vir a ser o nosso Mestre Vitalino, criador da
chamada “arte figurativa”.
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