O REINO DAS
PERERECAS
Apresenta:
O CARNAVAL
DOS BICHOS
O PAVÃO
é o grande destaque na passarela.
=====
A Secretaria
de Saúde e Bem Estar Social
Adverte:
___ Cuidado com o “ Pinto Loco”. Solte a Franga, mas proteja a “
Periquita”.
Na hora de “
afogar o Ganso”, deixe o Peru de fora.
========================================
Conselho do
Papagaio:
___ Só dê o pé, o amor de carnaval é efêmero. Não conte com o Ovo no fiofó da Galinha, pois
você, minha amiga, é quem vai acabar pagando o Pato.
Seguindo as
recomendações, quando o Galo cantar, anunciando a quarta-feira de Cinzas, você
terá a certeza de que a “Perereca” não foi “pro brejo”.
=======================================
A
VIÚVA E O DEFUNTO.
Crônica baseada em fatos reais.
“Quando eu
morrer, não quero choro e nem vela, Quero uma fita amarela, gravada com o nome
dela”.
============
A verdade é que
não se faz mais viúva como antigamente.
O luto
fechado, com as viúvas vestidas de preto dos pés a cabeça, há muito que caiu de
moda.
Nossa
personagem de hoje é uma exceção.
==========
O
falecimento do esposo deixou dona Maria, completamente desarvorada, um peixe
fora d água. Após mais de 35 anos
de um casamento feliz,
com os filhos casados e independentes, ela
ficou só, e com dificuldades para refazer a vida, afinal de contas, dona Maria
pertencia a geração das “ amélias”, uma prenda doméstica cuja tarefa era,
lavar, costurar, cozinhar, cuidar dos filhos e atender a todos os desejos do
esposo.
=====
Agora, ali
estava ela, num apartamento, diante da televisão, revivendo suas saudosas
lembranças.
Além de ir à
missa aos domingos, pouco saía de casa. Astral em baixa.
Fazer
terapia? Participar das reuniões de Grupos da Terceira Idade?
Relutava,
sempre arranjava uma desculpa.
========
Finalmente,
um dia, levada pela mão de uma parenta, aceitou em fazer terapia, aulas de
ginástica aeróbica e de hidromassagens, ideal para reativar os neurônios e
reacender o fogo de viver, diziam.
=====
Ao sair de
casa sempre dizia ao porteiro do prédio
aonde ia, como se ainda necessitasse de um síndico em sua vida.
Certa tarde
de domingo ela retornou ao apartamento, bem animadinha.
___ Fui a
uma domingueira da Terceira Idade, informou ao porteiro, e até dancei um
pouquinho.
=====
Tempos
depois, um “coroa”, já meio usado, passou a lhe fazer a corte.
Para dona
Maria estimular a aproximação de um homem, era como trair o falecido, uma
espécie de “adultério póstumo”.
======
Certo dia
ela voltou, de noite, lá pelas 22 horas. Parece, que o tal coroa estava ficando
mais íntimo.
___ Fui a um
velório, disse ela ao porteiro.
Nos meses
seguintes, dona Maria compareceu a inúmeros velórios noturnos.
___ Estaria
fazendo um bico, como carpideira?
=======
Finalmente,
numa noite, o porteiro a viu chegar acompanhada de um cavalheiro. O homem era
magro, alto e caminhava com andar trôpego. Como se diz por aí, o fulano estava
“ bem atrasadinho”.
Ela,
praticamente, o amparava.
Mas, como
diz o adágio popular, quem ama o feio, bonito lhe parece.
========
Assim que o
casal sumiu no elevador, chega o zelador, curioso, como sempre, indagando:
___Ela já
retornou do velório de hoje?
___ Não só
retornou, como, desta vez, trouxe o “defunto”...
==========================================
TURISMO AO
PÉ DA LETRA
=======================
APETITE INSACIÁVEL
Quando eles
chegam, aos milhares, e pousam na Lagoa Santo Antônio dos Anjos, comendo tudo
que encontram, os bagrinhos procuram
abrigo, até em tocas de joaninha.
==================
O TOUREIRO AVACALHADO.
Histórias do
carnaval lagunense.
Os antigos
blocos do carnaval de rua, para driblar a carência de recursos, apelavam para a
criatividade, e também para a improvisação.
Com o “
Mangueira,” tradicional bloco do Morro
do Hospital, não era diferente.
Se faltava
grana sobrava animação. Os instrumentos
de sopro de Bentinho e Jacinto não deixavam a peteca cair.
===========
Naquele ano
havia mais otimismo na sede do “Mangueira”. Com um pouco de dinheiro a
mais no caixa, o carnavalesco
entusiasmou-se e decidiu botar o bloco
na rua, com fantasias de toureiro.
Gastou
demais com o chapéu, gibão dourado e capas de cetim vermelho.
Faltou
dinheiro para os “finalmentes”...
============
Waldemar da
Macaca e Bentinho, que pintavam os cartazes para o Cine Mussi, foram
convocados, às pressas, com a missão de pintar as meias nas pernas dos
toureiros de momo.
========
Começaram o
desfile com muito garbo. Bentinho, no piston, sapecou “ El toureador” da ópera Carmem.
O boi de
mamão, travestido de touro miura, investiu contra o toureiro que se esquivava
com elegância, arrancando aplausos do público.
=======
A chuva caiu,
inesperadamente. Um forte aguaceiro despencou
sobre o bloco levando, canela abaixo toda a tinta das meias, borrando a
dignidade do toureiro.
========================================
Munir, tu és o máximo!
ResponderExcluirHistórias do nosso carnaval registradas para todo o sempre.Parabéns.
ResponderExcluir