domingo, 4 de fevereiro de 2018




                                       

                        O REINO DAS PERERECAS
                                     Apresenta:
                     O CARNAVAL DOS BICHOS

  

 





  O PAVÃO  é o grande destaque na passarela. 
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A Secretaria de Saúde e Bem Estar Social
Adverte:  
                                                                                       
     ___ Cuidado com o “ Pinto Loco”. Solte a Franga, mas proteja a “ Periquita”.


Na hora de “ afogar o Ganso”, deixe o Peru de fora.


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Conselho do Papagaio: 
 ___ Só dê o pé,  o amor de carnaval é efêmero.                        Não conte com o Ovo no fiofó da Galinha, pois você, minha amiga, é quem vai acabar pagando o Pato.
Seguindo as recomendações, quando o Galo cantar, anunciando a quarta-feira de Cinzas, você terá a certeza de que a “Perereca” não foi “pro brejo”.

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                                                                                                           A VIÚVA E O DEFUNTO.
          Crônica baseada em fatos reais.

 

“Quando eu morrer, não quero choro e nem vela, Quero uma fita amarela, gravada com o nome dela”.
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A verdade é que não se faz mais viúva como antigamente.
O luto fechado, com as viúvas vestidas de preto dos pés a cabeça, há muito que caiu de moda.


Nossa personagem de hoje é uma exceção.
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                                                                                                     O falecimento do esposo deixou dona Maria, completamente desarvorada, um peixe fora  d água.                                                                                                                          Após mais de 35 anos  de um casamento feliz,
     com os filhos casados e independentes, ela ficou só, e com dificuldades para refazer a vida, afinal de contas, dona Maria pertencia a geração das “ amélias”, uma prenda doméstica cuja tarefa era, lavar, costurar, cozinhar, cuidar dos filhos e atender a todos os desejos do esposo.



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Agora, ali estava ela, num apartamento, diante da televisão, revivendo suas saudosas lembranças.
Além de ir à missa aos domingos, pouco saía de casa. Astral em baixa.
Fazer terapia? Participar das reuniões de Grupos da Terceira Idade?
Relutava, sempre arranjava uma desculpa.
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Finalmente, um dia, levada pela mão de uma parenta, aceitou em fazer terapia, aulas de ginástica aeróbica e de hidromassagens, ideal para reativar os neurônios e reacender o fogo de viver, diziam.
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Ao sair de casa  sempre dizia ao porteiro do prédio aonde ia, como se ainda necessitasse de um síndico em sua vida.
Certa tarde de domingo ela retornou ao apartamento, bem animadinha.
___ Fui a uma domingueira da Terceira Idade, informou ao porteiro, e até dancei um pouquinho.
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Tempos depois, um “coroa”, já meio usado, passou a lhe fazer a corte.
Para dona Maria estimular a aproximação de um homem, era como trair o falecido, uma espécie de “adultério póstumo”.
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Certo dia ela voltou, de noite, lá pelas 22 horas. Parece, que o tal coroa estava ficando mais íntimo.
___ Fui a um velório, disse ela ao porteiro.
Nos meses seguintes, dona Maria compareceu a inúmeros velórios noturnos.
___ Estaria fazendo um bico, como carpideira?
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Finalmente, numa noite, o porteiro a viu chegar acompanhada de um cavalheiro. O homem era magro, alto e caminhava com andar trôpego. Como se diz por aí, o fulano estava “ bem atrasadinho”.
Ela, praticamente, o amparava.
Mas, como diz o adágio popular, quem ama o feio, bonito lhe parece.
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Assim que o casal sumiu no elevador, chega o zelador, curioso, como sempre, indagando:
___Ela já retornou do velório de hoje?

___ Não só retornou, como, desta vez, trouxe o “defunto”...
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                  TURISMO AO PÉ DA LETRA




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                         APETITE INSACIÁVEL





Quando eles chegam, aos milhares, e pousam na Lagoa Santo Antônio dos Anjos, comendo tudo que encontram, os  bagrinhos procuram abrigo, até em tocas de joaninha.
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                O TOUREIRO  AVACALHADO.
                  Histórias do carnaval lagunense. 

 



Os antigos blocos do carnaval de rua, para driblar a carência de recursos, apelavam para a criatividade, e também para a improvisação.
Com o “ Mangueira,” tradicional bloco  do Morro do Hospital, não era diferente.
Se faltava grana sobrava animação.  Os instrumentos de sopro de Bentinho e Jacinto não deixavam a peteca cair.
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Naquele ano havia mais otimismo na sede do “Mangueira”. Com um pouco de dinheiro a mais  no caixa, o carnavalesco entusiasmou-se  e decidiu botar o bloco na rua, com fantasias de toureiro.
Gastou demais com o chapéu, gibão dourado e capas de cetim vermelho.
Faltou dinheiro  para os “finalmentes”...
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Waldemar da Macaca e Bentinho, que pintavam os cartazes para o Cine Mussi, foram convocados, às pressas, com a missão de pintar as meias nas pernas dos toureiros de momo.
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Começaram o desfile com muito garbo. Bentinho, no piston, sapecou  “ El toureador” da ópera Carmem.
O boi de mamão, travestido de touro miura, investiu contra o toureiro que se esquivava com elegância, arrancando aplausos do público.
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A chuva caiu, inesperadamente.  Um forte aguaceiro despencou sobre o bloco levando, canela abaixo toda a tinta das meias, borrando a dignidade do toureiro.
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2 comentários:

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