LAGUNA ESPERA POR VOCÊS!
Foto SKYscraperCity
Um oásis de
paz, à beira da Lagoa Santo Antônio dos Anjos, entre o Mercado Público e a
escadinha.
Nesta época do ano o local é muito
procurado pelos pescadores de burriquete, que não resistem a uma isca com siri
vivo. Alguns chegam a pesar até 50
quilos.
DISC-DANCE
MISTURADO
No final da
década de 60, mais precisamente em 1968, Martin Luther King, grande líder na
defesa dos direitos civis dos negros, prêmio Nobel da Paz, era assassinado nos
EUA.
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Laguna é,
mesmo, a cidade dos casos raros. No início da década de 70, com as discotecas animando as baladas da juventude,
eu passava de ônibus pelo bairro Portinho, quando vi, na beira da estrada, um
cartaz anunciando a atração da noite:
___ HOJE
DISC-DANCE MISTURADO!
Intrigado,
tratei de buscar informações.
Um salão da
localidade promovia discotecas, porém, o salão era dividido por uma corda. De
um lado dançavam os brancos, do outro, só negros.
___ E, o
disc-dance misturado?
___ Aos
domingos, a corda era retirada. Brancos e negros dançavam misturados.
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Foto atual
do bairro Portinho. Destaque para o campo do AVAI Futebol Clube, ainda em
atividade.
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A DISCOTECA
Uma das
características das discotecas, era a luz negra. O globo espelhado, pendurado no teto, garantia o
efeito indispensável à iluminação da festa.
Dona Lilica,
uma dama da alta sociedade lagunense, adorava uma festa. Bailes na Sociedade
Recreativa Congresso, ou no Blondin, ela era presença garantida. Detalhe, só
saia do clube, com a orquestra.
Naqueles
tempos, as moças de sociedade não iam aos bailes, sem a companhia de alguém,
que se responsabilizasse por elas.
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Nilda e
Nícia Ulysséa adoravam a avó Lilica companheira para todas as festas.
Companheira
e fiscal. Sentada em cadeira de pista ficava de olho nas netas. Marcação
cerrada.
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Após muitos
beijinhos e chamegos dona Lilica concordou em acompanhá-las ao Clube 3 de Maio,
no bairro Magalhães.
Estréia da
discoteca. Música eletrônica. Luz negra. Naquele
ambiente mais escuro, teriam um pouco mais de liberdade, pois a avó teria mais
dificuldade de localizá-las, no meio do salão. Começa a festa.
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Dona Lilica,
esposa do comerciante Silo Ulysséa, além de festeira era mulher bem informada. Conhecia
as novidades no ramo dos divertimentos modernos.
Ao perceber, que suas meninas sumiam na
multidão, dona Lilica sacou uma poderosa lanterna, e o potente facho de luz
vasculhou o salão, procurando as netas.
__ Vovó, que
vergonha, fica todo mundo olhando...
__ Tratem de dançar na minha frente, pois minha lanterna tem
pilhas para a noite toda...
Na foto
a “ Casa São Paulo” prédio da antiga
loja de Silo Ulysséa “ Comercial Ulysséa”.
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COLOCANDO O
PRETO NO BRANCO
Havia uma
rivalidade enorme entre os rapazes do Magalhães e a turma do bairro Campo de
Fora. No livro Laguna de 1.880 o escritor Saul Ulysséa já falava das pendengas
entre as turmas dos referidos bairros.
O Centro da
cidade era considerado campo neutro.
Alguém do
Magalhães namorar com moça do bairro
adversário? Nem pensar.
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Rua
Almirante Lamego era o coração do Campo de Fora. Três sociedades Recreativas –
Anita, 14 e 7 de Julho. Famílias
importantes ali residiam: Marcondes, Oliveira, Silveira, Pacheco e Fortes.
Manoel
(Maneca) Fortes era funcionário Público Municipal, carnavalesco, um dos
fundadores da APAE, bem relacionado na cidade. Dizem, que era homem valente. Não enjeitava uma boa briga.
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No
Magalhães, na Avenida João Pessoa, residia um negro forte, boa pinta, conhecido
por Chico da Nair.
Costumava
circular pelo centro da cidade montado em seu belo cavalo, arreios reluzentes,
como se fosse um mouro a caminho das
cruzadas.
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Fama de
valentão. Nem ele nem o Maneca Fortes ousavam invadir o território alheio.
Respeito mútuo.
Até aquele dia!
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Chico
precisou viajar para Santos. Ao retornar foi informado de que
o Maneca Fortes não só visitara o seu
bairro como encontrou-se com uma garota na quermesse da Capela de N.Sra. dos
Navegantes.
Não engoliu
a afronta.
Arreou seu
cavalo, e galopou em direção ao Campo de Fora.
Antes
que chegasse à pedreira, limite entre a
cidade e o bairro, Maneca já sabia da visita e preparou-se para recebê-lo.
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Chico teria
saltado o muro de entrada, com cavalo e tudo.
Maneca, de
espingarda em punho, descarregou uma carga de chumbo nas partes glúteas do
cavaleiro.
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Dr.Paulo
Carneiro era amigo de ambos. Logo após o incidente, Maneca recebeu a visita do
médico, e foi logo dizendo:
___ Se
vieste defender teu amigo, perdeste a viagem...
__ Vim pedir-te para que, da próxima vez, coloques menos munição nessa arma. Não
imaginas o trabalho que tive para extrair tanto chumbinho..
PAPAI NOEL
DE SACO CHEIO, DE DINHEIRO.
Beatriz
Barzan, em sua página de facebook, foi categórica:
“papai Noel”
foi filmado recebendo propina e, agora, está à mercê do vento sul.
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A princípio
não entendi a metáfora. O que estaria Papai Noel, fazendo em Laguna, em setembro.
Estaria com Alzheimer?
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Seria um
outro Noel, que nada tem a ver com o Pólo Norte? ___ Ele teria colocado o dinheiro no saco?
__ Quem
teria filmado a entrega do “donativo” natalino?
___ Houve
distribuição dos brinquedos aos apaniguados?
___ Seriam
brinquedos temáticos: arara, mico leão dourado, onças, garoupas e outros bichos.
Infelizmente,
Beatriz foi lacônica, não dirimiu nossas dúvidas.
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A NOVA
PINTURA DA “CARIOCA”.
O
prédio da Fonte da Carioca estava, mesmo, precisando de uma pinturinha. A
Prefeitura enviou alguém.
Pelas fotos deve ter sido o “Picaço,” cujo pincel já estava meio broxa. A coisa ficou mais para
gozação do que para caiação.
NA HORA DO
“BICHO”.
A Lanchonete
Calçadão, na Rua 15 de novembro, defronte à Farmácia Plantão, tem, também, o seu
time de futebol.
Alguns de seus “cobras” são
conhecidos nos campinhos de peladas, por outros apelidos.
O goleiro é
o perereca, quando joga mal o time vai pro brejo. O centroavante é o Sapo. Em
compensação, o adversário do último sábado tinha seus craques, também
recolhidos da fauna brasileira, dupla de atacantes, Gambá e Pinto.
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Gambá tinha
cheiro de gols, fez três. O árbitro “viu” o Sapo botar a mão na bola. Pênalti.
O pinto
bateu e a perereca engoliu um frango. Era o quarto gol.
Esquentada,
Perereca joga a bola contra o adversário. O Pinto caiu.
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Na
lanchonete o clima era de tristeza. Com derrota não tinha “bicho”.
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BUUURROS!
Rodrigo, o
vizinho farmacêutico, receitou aos
atletas, uma solução genérica: Supositório de Erva de Bicho.
Alguns
gostaram e, até, prometeram perder no próximo jogo. Pelo jeito vamos admitir
outro bichinho no time...
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Salete, que bom o Munir está escrevendo seus comentários e suas crônicas no Blog e colocado à disposição no face. Dê a ele um grande abraço.Amigo, continuas o mesmo......
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