BARCO ENCALHADO
Na década de 60, no antigo Café do Comércio,
reunia-se a nata da sociedade lagunense.
Uma
sociedade náutica foi constituída, ali mesmo, no café do seu Pedro, tendo como
sócios o médico Pedro Miranda, Arnoldo Teixeira, serventuário de Justiça e o
senhor Dámaso, funcionários da C.S.N.
Finalidade:
construção de um barco sob a responsabilidade técnica do Mestre Pigozzi, um
mago da carpintaria. Oficina na Rua do Rincão.
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Os
construtores navais só trabalhavam aos sábados, depois de longos exercícios de
“Halterocopismo”.
O aperitivo
avançava até o meio da tarde.
Seu Pedro
preocupava-se com o rumo do barco.
Finalmente, noticiou-se o fim da obra.
Barco pronto.
No dia
anunciado para o lançamento ao mar surgiu um pequeno problema. A embarcação não passava pela porta.
A parede foi colocada abaixo.
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Nas docas do
Centro Histórico, os padrinhos aguardavam ansiosos.
Uma garrafa
de vinho tinto chocou-se contra o casco.
A nau
deslizou em direção ao mar, ao som de vivas.
Felizmente, a tripulação usava salva-vidas,
porque, ao sair das docas, o barco já estava fazendo água.
Foi a
primeira e última viagem dos marujos do Café do Comércio.
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O Bar do
Chico ( Brasão) está localizado no mesmo ponto do antigo Café do Comércio, é local
de reunião de personalidades importantes da cidade, radialistas, comerciantes,
empresários e políticos.
Prefeito Mauro Candemil assina ponto naquele local.
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Mauro
assumiu o Paço Municipal, como um veleiro reluzente, com suas velas brancas enfunadas pelos ventos da esperança.
Parecia um Cisne Branco, entrando pela barra, carregado de otimismo.
Atualmente, a embarcação parece encalhada num mar de
burocracia.
Seu comandante, sem uma rota definida, começa a perder o apoio da população.
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Os otimistas
acreditam que Mauro esteja preparando uma série de medidas, projetos e ações a
serem desencadeadas a partir do mês de agosto.
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Aos
pessimistas fica a dúvida, Mauro vai afundar como o barco do Pigozzi, ou vai
encalhar como o Malteza, numa longa agonia, até sumir tragado pelas areias da
Praia do GI?
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Será que saímos de uma canoa furada para
embarcar num Titanic?
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DE OLHO
NOS PROTETORES DE ARACUÃ.
De funda na mão, Justiça está caçando os
membros da “ Associação Aracuã de Eco-turismo e Meio Ambiente”. Parece, que a
turma andou catando os “milhinhos” destinados às indefesas aves.
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Não sabemos
quem armou a “arapuca,” mas a verdade é que,
novamente, dirigentes da SDR, atual ADR da região de Laguna estão respondendo a
processo na Justiça de Laguna.
Ação Civil Pública. Assunto: ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.
Processo 0900061-71.2017.8.24.0040.
Autor:
Ministério Público de Santa Catarina. RÉUS:
Mauro Vargas
Candemil
Felipe Remor
Antônio
Avelino Honorato Filho e outros.
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__ É MUITO
GAVIÃO NESTA ÁREA!
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O GARNIZÉ
Todos no prédio tinham seus bichinhos de estimação.
Baião já estava cansado de tropeçar nos assépticos cãezinhos,
pelos corredores do edifício. Certa ocasião, no elevador, sua perna serviu de
poste a um desses abusados lulus de
madame.
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Carlos Augusto Baião da Rosa é um cidadão de bom coração,
benemérito de várias associações beneficentes, porém não tem paciência para
certas coisas. Politicamente correto, chega a ser ranzinza em determinadas
ocasiões.
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Resolvido a entrar no clima
do condomínio, decidiu adquirir seu bicho de estimação.
Após uma visita ao Mercado
Público de Floripa, Baião comprou um Galo Garnizé, e o colocou na sacada de seu
apartamento.
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O galinho, consciente de seu papel de despertador de
galinheiro, era pontualíssimo. Às 5,30 horas da manhã, batia as asas, esticava
o pescoço e abria o bico.
Cantava cinco vezes. Acordava toda a vizinhança.
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Nas reuniões de condomínio só se falava no garnizé do Baião.
Alguém sugeriu alteração no estatuto do condomínio, e
proibir a entrada de galos.
Baião teria sido enfático:
___ Tiro o garnizé, desde que se estabeleça horário, para a circulação de animais em áreas do condomínio.
Não houve acordo.
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Na semana seguinte, o garnizé emudeceu. Mau-olhado, ou reza forte?
Nada disso, o galinho havia sido vítima de ataque aéreo. Atingido por algum objeto arremessado,
possivelmente, de andares superiores.
O garnizé estava com um enorme calombo no cocuruto.
Baião registrou “BO”. Exame de corpo de delito provou, que o
galo, estava com um “Galo” na cabeça, aliás, como todo o prédio.
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Disposto a botar ordem no galinheiro, Baião lhe comprou um
capacete, mas o bicho não se adaptou àquele acessório de motoqueiro. Perdeu a
noção do tempo. Foi aposentado.
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Baião não se deu por vencido, telefonou ao seu amigo Jairo,
do Chedão, em Laguna, e encomendou um
GAMBÁ.
A coisa vai feder...
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BENÇÃO DE BROXA
Edésio Joaquim, Léo Felipe, Preto, João Alfredo Dias –
Babá e Batista Abrahão não perdiam a missa de Santo Antônio, toda terça-feira,
às 6,30 da manhã.
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Após as orações
finais, o sacerdote, com o aspersório na mão, percorre toda a igreja
aspergindo água benta nos fiéis.
As pessoas aproximam-se do padre na tentativa de sentir
no corpo uns pingos daquela água. Babá e Batista nem sempre eram atingidos pela benção líquida.
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Numa igreja da capital de nosso estado, um sacerdote,
desejando levar água benta a todos os fiéis da sua igreja, estaria utilizando
como aspersório, uma BROXA.
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Batista, ao saber da novidade, não gostou e foi logo
avisando: se o mesmo método fosse
utilizado na Matriz de Santo Antônio, ele deixaria de ir a missa.
___ Por quê? Indagamos.
___ Tu achas, que depois de velho, eu vou à igreja para
receber a Benção de BROXA?
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