O BURRO
QUE
DESAFIOU O MINISTÉRIO PÚBLICO
No dia em
que a Comarca da Laguna de Santo Antônio dos Anjos comemora 160 anos de
instalação, vamos relembrar um fato,
baseado em relatos feitos pelo historiador lagunense Saul Ulysséa.
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foto blog Valmir Guedes
Laguna era uma comarca jovem, com
idade entre 23 e 25 anos.
O Tribunal
do Júri funcionava no prédio da Câmara Municipal, atualmente, Museu Anita
Garibaldi.
O sino de
bronze, roubado durante o governo de Everaldo dos Santos, e ainda em lugar
incerto e não sabido, anunciava a hora das audiências e chamada dos senhores
jurados.
Todos os
jurados deveriam comparecer trajados de preto (mau agouro para os réus).
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Naquela
época, os animais andavam soltos pelas ruas ( a coisa é antiga).
Na praça,
onde ficava o prédio da Câmara e do Tribunal do Júri, havia um pasto enorme,
capim fresquinho, local muito frequentado por equinos e similares.
No dia
daquele Júri, o potreiro estava lotado.
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Silêncio no
recinto.
O
Meritíssimo declara:
___ Tem a
palavra o nobre representante do Ministério Público...
Naquele
momento, ouviu-se o zurrar forte de um Burro, lá da praça.
O animal
parece que adivinhou o efeito que iria causar, porque o zurro foi demorado e
com uns gemidinhos no final.
(teria sido
contratado pelo advogado de defesa?)
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Instantes de
muita hilaridade. Nem o juiz conteve o riso.
Só o
promotor não ria. Aguardando, impávido, o término daquele aparte relinchante.
Saul Ulysséa
não menciona a data precisa, para não identificar o promotor, que foi
ridicularizado pelo burro.
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NA BOQUINHA
DA GARRAFA
Vigorava a
Lei Seca às vésperas de um pleito eleitoral.
O
Restaurante e Pizzaria Chedão estava lotado, na noite que antecedia a eleição.
Algumas
“louras” espumantes estavam sendo consumidas,
socialmente, e discretamente, quando o Juiz Eleitoral entrou, com um policial à
frente, ambos de arma na mão.
Chede, o
proprietário, teria sido intimado a suspender a venda de bebidas alcoólicas.
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Dizem, que
conhecido e importante comerciante da cidade, e assíduo frequentador do Chedão, no
afã de esconder a “arma do crime”, acabou sentando na boquinha da garrafa.
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