UM PORTO A
VER NAVIOS
Foto Diário do sul
O Porto da
Laguna já foi do DNPVN (Depto. Nacional de Portos e Vias Navegáveis),
Ministério dos Transportes e Secretaria Nac. da Pesca.
Atualmente,
administrado pela CODESP, de Santos, poderá ser adotado pelo Ministério de Ind.
e Comércio, porém, o Ministério da Saúde adverte:
___ Em estado Terminal, nosso Porto, poderá ser
internado na UTI, dentro de 90 dias.
Prontuário
médico: A Codesp, responsável pelo enfermo, diz que não tem mais condições de
bancar o déficit mensal de 454 mil reais.
Se o
Ministério de Indústria e Comércio não garantir uma injeção de recursos, ela
colocará nosso Porto, de quarentena, dentro de 90 dias.
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Prefeito
Mauro Candemil esteve em Santos (SP), em
busca de salvação. Retornou com um “atestado de óbito”, no bolso.
___ Ainda é possível a ressurreição de
nosso Terminal Pesqueiro?
___ Talvez,
se todos se unirem em busca de uma solução:
Prefeito, junto ao amigo e vice-
governador Eduardo Pinho
Moreira.
Vereadores,
pressionando seus deputados e empresários da pesca, colocando suas experiências e recursos financeiros à
disposição de um novo projeto de gestão para o Porto, começando pela construção
de uma nova fábrica de gelo.
Caso
contrário, nosso Porto ficará a ver navios, de luneta...
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O LAGUNA TOURIST HOTEL
PODERÁ DESAPARECER.
Na última
reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento, dia 25, dois Grupos Empresariais apresentaram projeto
do novo empreendimento para aquele local paradisíaco.
Seriam
construídas três torres (centro comercial, lojas, aptos, etc.)
Pelas informações, que corriam
pela cidade, o hotel já vinha equilibrando suas contas com dificuldade e
muita criatividade.
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CHALEIRA
Enquanto o
chefe político ajeitava a erva na cuia de chimarrão, os bajuladores ficavam
atentos, de olho na chaleira. Assim que a água fervia, cada qual queria ser o
primeiro a levá-la para o chefe.
Foi, assim,
que chaleira virou sinônimo de puxa-saco.
Na Câmara da Laguna, na atual legislatura, temos um caso que, ainda, não
foi bem diagnosticado.
___ Quem é o
líder do governo na Casa do Povo?
___
Oficialmente, Thiago Duarte (PMDB) é o líder de direito, no entanto, Kleber da
KEK (PP), que fala mais que o homem da cobra, é de fato, o maior defensor do
prefeito naquele Poder.
Tono
Laureano (PMDB) fica no banco de reserva, mas toda vez que entra em campo,
veste a camisa do Mauro. Com
isto vai aumentando sua influência no Paço Municipal, mandando e desmandando.
Diante deste
panorama ( nada a ver com o programa dos “meninos” da Rádio Garibaldi)
permaneço com a mesma dúvida:
A QUEM DEVO OFERECER O TROFÉU
“CHALEIRA”?
Ao Thiago, ao Kek, ou ao Tono?
Enquanto
persiste a indecisão vamos cantando a velha marchinha carnavalesca:
“Iaiá me
deixa subir nessa ladeira/ eu sou do bloco, mas não pego na chaleira...”.
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SUSTO.
A mulher acorda, abre a porta, e dá de cara
com um caixão de defunto.
Sobre ele,
um cartaz: “ Aproveite a condução. É grátis!
O caso teria
ocorrido na localidade do Lagamar, atual Vila Vitória. ___Será, que a Morte já
está enviando transporte a domicílio?
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A dona de
casa, mulher prática, transformou o esquife num canteiro, onde pretende plantar
mudas de sempre-viva.
Para evitar
os vândalos noturnos ela coloca uma vela acesa sobre o caixão. Sempre assusta.
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LAGUNA, SUA GENTE E SUAS
HISTÓRIAS.
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Lá, pelo
final da década de 60, a grande atração do Centro Histórico era a pesca de camarão, ao longo
do cais. Pesca noturna.
Desde cedo,
as pessoas guardavam lugar, cada qual escolhendo os melhores pontos.
A partir da
18 horas, aproveitando o lusco-fusco, os pescadores (amadores) caminhavam em direção a Lagoa Santo Antônio dos Anjos,
levando às costas, as enormes cocas, presas a um pau de uns três metros de
comprimento.
Ao caminhar,
assemelhavam-se a enormes libélulas, de asas de seda, em busca da luz.
Numa das mãos, a indispensável
“POMBOCA”. Termo regional dado às pequenas lamparinas, construídas de
folhas-de-flandres, abastecida com óleo ou querosene, no qual se embebe uma
“torcida” (pavio),
Dizem, os
entendidos, que nada atrai mais o camarão que a luz mortiça das pombocas.
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Álvaro
Sebolt, comerciante, já falecido, dono da Farmácia Sebolt, era homem de bom
coração. Filantropo por natureza, mas tinha um gênio irascível. Ai de quem
lhe pisasse nos calos.
Pescaria era
sua paixão. Pescava de tudo, em qualquer lugar. Costões, lagoas, alto mar,
inclusive, camarão no cais.
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Naquele dia,
ele chegou e colocou sua candeia ao lado do Mercado Público.
A lamparina,
como era hábito, ficava guardando lugar.
Quando ele
retornou, à noite, com toda a parafernália nas costas, seu lugar estava ocupado
e sua lamparina havia sumido. Ninguém sabia de nada.
O sangue
subiu-lhe ao rosto. Parecia que ia explodir, no entanto, ele deu meia volta e
sumiu, retornando alguns minutos depois, com um revólver na mão.
___ Para quem
gosta de esconder pomboca, eu tenho aqui um pau de fogo!
E deu dois
tiros para o ar.
Correria
geral.
O cidadão,
que havia jogado a lamparina do “seo” Álvaro, no mar, tremendo como vara verde,
justificava-se:
___Por
favor, foi um acidente. Assim que minha mulher chegar eu lhe cedo a pomboca
dela.
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Finalmente,
já de posse da pomboca da vizinha, seo Álvaro pode pescar em paz.
Moral da história: Quem não luta pelo que
é seu, perde a pomboca e leva pau.
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