quarta-feira, 19 de abril de 2017

 LAGUNA – A CIDADE NOVA, NO BAIRRO MAR-GROSSO

                                                                                                     foto Elvis

                                                                                                      .
Com um vertiginoso crescimento nas  últimas três décadas a Praia do Mar-Grosso já apresenta problemas com saneamento básico.                               No último verão tivemos vários casos de vazamento de esgoto nas areias da praia.
Cumplicidade criminosa de agentes públicos aliada à ganância de alguns empresários, quase provocaram um dano ambiental irreparável.
Ação policial inibiu o esquema. Funcionários foram afastados de suas funções.                                                                                                               Fatos ocorreram no ocaso do governo passado.
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Recentemente, atendendo solicitação, membros do staff de Mauro Candemil e da Casan estiveram no Ministério Público, para discutir os problemas, envolvendo concessão de alvarás, licenças e cadastros ambientais para construção de edifícios no Mar Grosso. Vários teriam sido liberados, irregularmente.
Parece, que o vírus da corrupção continua latente.
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A Associação Amigos da Praia do Mar Grosso, entidade sem fins lucrativos, criou uma Comissão de engenheiros civis, arquitetos e advogados disposta a auxiliar o Poder Público na análise de todos os projetos de construção na praia do Mar-Grosso. Sem ônus para o município.                                                                                                                                                                                              É a sociedade, querendo participar do processo.
Depois, não adianta chorar o leite derramado, ou pior, deixar o bairro mergulhar na fedentina.
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                                                                                                                            FÁBULA METEOROLÓGICA
Era uma vez um rei que gostava muito de caçar.
Antes de qualquer caçada, ele reunia seus gurus meteorológicos e os sábio especialistas em previsão do tempo.
Naquela manhã a previsão garantia tempo firme. Ensolarado. Ótimo para caçar.
Soam as trombetas. Homens, cavalos e cachorros a postos. Comitiva em marcha.

         No caminho, o rei encontra um camponês puxando seu jumento.
___ Bom dia, bom homem. Dia lindo!
___ É, mas vai chover, disse o camponês.
___ Impossível, meu Conselho de Sábios garante que o tempo é bom.
___ Olhe para a orelha do meu jumento. Quando ela está assim caída é chuva na certa.
O monarca seguiu em frente. Deu o maior toró. Chuva torrencial.
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De volta ao castelo o rei dispensou seus técnicos e mandou chamar o homem e o burro. Pretendia contratá-los.
O homem do campo recusou a oferta, mas vendeu o animal.

Moral da história:  E,  foi por esse motivo, que passamos a encontrar tanto jumento  em algumas administrações públicas.



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 A TARADINHA
___ Americana é indiciada por ter estuprado um taxista.
       Dizem, que ela deixou o motorista em “ ponto morto”. 
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                                                                                                                                     PERERECANDO
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A vingança do Sapo Cururu. Mais duas pererecas são exoneradas. Ambas do mesmo Brejo, de onde saiu a Fabiana, a Fundação Irmã Vera.
São elas, a sucessora da Fabiana e sua assessora.
Um batráquio macho assume o comando. Mais uma baixa no Reino das Pererecas.
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DESCOBERTA NO BREJO
       Surge uma nova perereca.
___ Calma gente, desta vez não é em Laguna. Trata-se da perereca-de-vidro, uma raridade encontrada na região de Urupema –sc.
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CULINÁRIA DO BREJO
Na onda do sucesso, que as pererecas estão fazendo na Laguna, parece, que já temos, no Mar Grosso restaurante especializado em “ patinhas de rã grelhadas”.
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VOCÊ SABIA?
      Que a palavra CANDIDATO vem do latim “candidatus” e significa vestido de branco?
Atualmente, a roupagem da turma, anda meio encardida...
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         NOSSO CANTINHO






LAGUNA – SUA GENTE, SUAS HISTÓRIAS.



UMA TARRAFADA COM FÉ DEMAIS...


     Ali, sentado na “tesoura”, nos molhes da barra, eu  gostava de ficar , horas a fio, apreciando a pesca com auxílio dos botos. Homens bronzeados, curtidos pelo salitre, em fila, aguardam a chegada do boto para a tarrafada que poderá salvar o dia.
Absorto, contemplando a paisagem do outro lado do canal, lembrei-me daquele dia, em que o comerciante aposentado, Geraldo Amboni, rádio-amador e vascaíno de carteirinha,  faria sua estréia no Pontal, entre as feras.
Timidamente, arrastou sua tarrafa até a linha de arremesso.
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Os veteranos o olhavam com um sorriso matreiro, enigmático, como quem prepara...
Todo calouro merece um trote. É o preço do noviciado.
Geraldo tomou lugar no fim da fila e aguardou sua vez.
Nervosismo e expectativa.
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Eis, que de repente, viajando em  direção da  boca da barra surge um encorpado “marinheiro,” lançado por algum esgoto clandestino.
Parecia mais um rebocador que um dejeto humano.
__Olhem, gritou um pescador lá da extrema direita. Lá vai um “virote” para o Geraldo. Passem o aviso adiante.  A mensagem correu de boca em boca.
No outro extremo, Geraldo, concentrado, aguardava com o  chumbo entre os dentes e com o peso da tarrafa distribuído entre as mãos.
Olho no boto, e nos  companheiros ao seu lado.
Sem conhecer, ainda, o trabalho dos botinhos, Geraldo acompanhava o movimento dos parceiros, procurando imitá-los.
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O  “marinheiro” chegava à zona de tiro. Singrava soberano, poluente.
Tarrafas balançam no ar e o boto começa a avançar.
Todos gritam, enquanto ameaçam tarrafear:
___ Agora, Geraldo, arremessa.
Ouve-se, apenas, um único “chuá”. A tarrafa do Geraldo, bem abertinha, abraça todo o material fecal. O troço estava no rufo!
       A gargalhada foi geral.                                                                                Ignorando a chacota, e sem perder a calma, continuou recolhendo a fieira, com fé.
___Fé de mais para um principiante. Gritavam todos, em troça, com trocadilho e tudo.
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De repente, um silêncio de espanto substituiu as gargalhadas zombeteiras. Quinze belas tainhas acabavam de surgir, bem malhadas na tarrafa do Geraldo.
___ Ele acertou na caga... Berrou alguém.

Depois daquele episódio, durante anos,  ninguém deixava de tarrafear sobre um “marinheiro” à deriva...
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CURIOSIDADE.
   Algumas mulheres pescam de linha, ou de caniço, nos molhes da barra.
___ Alguém já viu alguma dama, tarrafeando no pontal com os botos?
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