LAGUNA E SUA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
                                                MORRO DO MOINHO
No início da Rua José Johany, fundos
do Grupo Escolar Jerônimo Coelho, Centro Histórico, fica o Morro do Moinho, 33
metros de altura.
Tinha esse nome, segundo o escritor
Saul Ulysséa no livro “ Laguna de 1880,” 
porque ali existia uma construção arredondada com um moinho de vento.
                                           
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Na década de 50 quem fornecia os
boletins do tempo?  Coutinho ou
Puchalski?
Nenhum dos dois,  tínhamos a nossa própria Estação
Meteorológica instalada no alto do Morro do Moinho.
___ Quem eram os nossos homens do
tempo?
___ “Seo”  Guedes e o Agenor Pinto.
Passavam o dia de olho naquela
parafernália, cata-vento com anemômetro, barômetro e uma  geringonça que servia para assinalar  as horas de sol..
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Guedes e Agenor eram pessoas muito
respeitadas na cidade.  O Agenor, também,
era músico da Banda União dos Artistas.
Diziam, os antigos fregueses do Café
Tupi, que a tal Estação tinha função astrológica e que, inclusive fazia
previsões sobre  horóscopo.
___ “Seo” Guedes, não vai subir o
morro hoje?
___ Não!  Como a lua está no quarto crescente, eu fico
em casa, pois, esse é  o período em
que  o Pinto sobe...
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                                CONFRARIA DE SANTO ONOFRE
O protetor dos bebuns têm o seu santuário na residência do Bolão Camilo,
seu mentor espiritual.                                                                                                              A história de hoje, narra a via sacra etílica
de um dos seus discípulos.
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Na vitrola o disco roda no ritmo da saudade. O som é alto, a voz de
Francisco Petronio invade toda a rua do Centro Histórico. É a trilha sonora do
boêmio  saudosista.
“BAU” ( Mário Luiz Spillere da Silva) aposentado, solteiro, cumpre seu
itinerário, religiosamente.
Inicia sua jornada pelo Botequim do Cais, ao lado do Mercado Público, e
diante da Lagoa Santo Antônioi dos Anjos, com direito a um pôr do sol
deslumbrante.
Naquele sábado, após o esquenta no Botequim, recomeça a maratona, na
companhia do carnavalesco Elinho da Vila.
Próxima parada?                                                                                                          No Trabucão, já no bairro do Magalhães,  para   alguns exercícios
de “halteroCopismo” ( levantamento de copos)
A luta continua, após a visita protocolar 
a um boteco de periferia, “BAU” chega ao “ Destak” já no bairro  Mar-Grosso.                                                                                            Todo o ritual estava sendo cumprido.
O término de sua via sacra etílica é na cervejaria do Marcinho  (craft Beer) .
Casa lotada. Ambiernte todo decorado.
___ Estavam tratando bem a freguesia, pensou.
Ainda com certa desenvoltura, cruzou o salão, e sentou-se no seu cantinho
favorito.
___ Garçom, o de sempre. Chopp  pilsen, com pouco colarinho...
Ao pedir a segunda rodada foi informado de que o salão estava reservado
para uma festa de aniversário.
Aproveitando sua condição de “bicão” involuntário, ingeriu o segundo chopp
 e saiu, com a maior cara de pau,
cantarolando a musiquinha do Adoniram Barbosa:
“ Isto não se faz Arnesto, nós não se importa, mas você devia ter  botado um recado na porta...”.
Retorna ao lar com taxista que tenha carro movido a álcool.
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                                                    DENTADURA MACABRA 
A história é real. Nomes dos personagens são fictícios.
Consultório odontológico
__ Arlete, a tua perereca está necessitando de alguns apertos. Talvez seja
o caso de fazer uma nova.
__ Sei disso, doutora, mas a do meu marido está em pior situação. Bate
mais que castanhola em dança espanhola.
___ Podemos renovar a “ mobília” de ambos...
___ De quanto seria a mordida?
___ R$ 1.5oo,oo, cada uma.
___ Só  tenho dinheiro para fazer
uma, agora.
___ Seria a do seu marido Oscar?
___Não, a minha. Meu velho já está com o pé na cova, não vale a pena ser
sepultado com uma dentadura nova.
E, assim, foi feito.
                                        
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Obituário
A mulher, de sorriso novo, faleceu meses depois.
E, o marido, pé na cova, ressuscitou e casou de novo, Continuou com a
dentadura velha,  mas arranjou uma
boquinha nova.
                                        
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Minha esposa Salete têm insistido para que eu faça uma prótese nova.
___ Querida,  queres que eu morra?
                                     
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