A BARCA – 2
A barca é o meio de transporte utilizado pelos “náufragos
das urnas”. No dia 8 de outubro ela zarpou,
mas ficou ancorada ao largo da Ilha de Anhatomirim – Desterro,
aguardando a chegada dos comandantes.
Haddad embarcou
contrariado. Mandou hastear a bandeia do PT, a meio mastro, e foi logo
avisando: Não deseja ser chamado de “Capitão” do navio.
O piloto
Merísio, trazendo na bagagem dezenas de extintores, saltou para o tombadilho.
Pretende criar a Brigada Naval contra
incêndios, pois em caso de acidente não quer saber de mandar chamar o
“bombeiro” a bordo.
Detalhe: Chamá-lo de “ Comandante” pode soar como
gozação.
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Na recepção,
jantar com comida típica serrana, preparada pelo Colombo:
Feijão
tropeiro com farofa de pinhão.
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O ARRASTÃO
Após a passagem de Moisés, com as águas mais
tranqüilas, os pescadores voltaram a colocar a rede no mar. Da água, tiraram
peixes estranhos. Todos respirando com dificuldades.
Na malha, meia dúzia de MDB, algumas cabeças
de PSD, bagrinhos do PDT, cardume de PSDB. O PT ainda tentava sobreviver
agarrado numa Lula.
Todos,
convalescentes, permanecerão por um bom tempo na casca. Período de OSTRAcismo...
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AGORA É
OFICIAL – o capitão Bolsonaro é o novo Presidente do Brasil.
Promete
cumprir as Leis de Moísés:
Brasil acima
de tudo e Deus acima de todos..-
Há quase
três anos meu neto Miguel, ainda criança, participava de nossas reuniões, aos
sábados, no Restaurante Chedão. Na
ocasião ele já defendia a candidatura de Bolsonaro à Presidência do Brasil.
----Hoje,
acadêmico de Direito na Unisul, não só votou no Capitão como tentou mudar meu voto até a última hora.
Coisas
estranhas aconteceram na eleição deste ano (2018)
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DAY AFTER
Como estamos
às vésperas de finados, para relaxar, mais uma história de cemitério, baseada
em fatos.
O VELÓRIO DAS
“LOURAS”.
No dia de
Finados o cemitério fica cheio de vida, e a saudade ganha novas cores.
Nosso amigo
Batista Cruz, uma lenda do rádio sul catarinense, estaciona o veículo e inicia
a subida em direção ao Campo Santo. Nas
mãos, flores e velas.
As pessoas
entravam e saiam, com cara de enterro.
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Defronte ao
cemitério municipal funcionava o bar “Pá de Cal”. Cruz aborreceu-se, ao ver seu
primo, naquele bar, na maior farra.. Completamente alheio ao clima de luto e
pesar que reinava lá fora.
Ainda bem que o Batista não foi ao bar
puxar a orelha do parente, pois veria uma cena, no mínimo surrealista
Num canto da
sala, num esquife aberto, uma mulher de meia idade, bem mortinha.
Ao redor
oito homens, numa estranha homenagem póstuma, bebiam sem parar. Lembrava o
velório do Quincas Berro D`Àgua.
Cada garrafa
de cerveja que se esvaziava recebia, no gargalo, uma vela acesa.
Sobre
o balcão, uma cópia do testamento:
“Eu, Loura
do bar “ Pá de cal” deixo aos meus fregueses mais fiéis, todo o estoque de
cervejas do boteco.
Cláusula – 1
– Toda a bebida deverá ser consumida , durante o meu velório.
Depois que a
última garrafa for deglutida, os consumidores encarregar-se-ão de levar meu caixão até à sepultura.
Morte do
boi, alegria do urubu!
O
sepultamento, em caráter excepcional, aconteceu às 22 horas.
Ao invés de
água benta, o corpo foi encomendado com cerveja.
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O METEORO
Na semana da
eleição falou-se muito em ciclone extratropical, ondas altas, vento com rajadas
muito fortes. Clima estável.
No entanto,
nem os nossos renomados meteorologistas, Coutinho e Puchalski conseguiram
prever o fenômeno.
A chegada do
Meteoro Moisés, ao entrar, de surpresa na atmosfera catarinense, modificando o
sistema político vigente provocou o
surgimento de novos astros.
O tempo é
bom. Sopra uma suave brisa de Esperança.
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