O BALCONISTA
Laguna era
assim, os trilhos ainda cruzavam pelo Centro Histórico em direção ao Porto
Carvoeiro.
As canoas de
convés atracavam no cais das docas, para descarregar as mercadorias vindas do
interior
Crédito –
Blog Mil e uma histórias da Laguna.
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No casario
do comércio da Rua da Praia ( Gustavo
Richard) o tempo preservou a paisagem, e as muitas histórias sussurradas pelo vento nordeste, repetidas em cada
esquina.
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A Associação
Comercial da cidade Juliana, ACIL, foi fundada em abril de 1923. A classe
comercial e industrial da cidade era
muito próspera.
Famílias
Cabral, Baião, Fonseca, Nunes, Remor, Martins, Pinho, Pinto de Ulisséa,
Carneiro, tinham seus próprios navios. Produtos como banha, camarão seco e
salgado, farinha e arroz eram exportados para outras praças do país. O palmito
Pedone era consumido nas regiões norte e
nordeste do país.
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A partir dos
anos 50, o comércio varejista tinha cara nova, destacando-se “ Galeria
Gigante”, “ Tecidos João Mussi”, Paulo Calil, Lojas Singer, Siqueira, Camisaria Nanci,
Miscelânea, Restaurante Nice, Livraria do Juca. Farmácias Medeiros e Sebolt,
Relojoaria Werner, Café do Comércio, etc.
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Ele começou
a trabalhar como balconista, ainda, bem
jovem. Eu o conheci já trabalhando na “ Loja Nelma” ( primeira quadra à
direita).
Em 2.018, já
aposentado, e com quase 70 anos de “balcão” continuava comparecendo,
religiosamente, à “ Casa São Paulo” para
trabalhar.
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ALÁDIO
FORTUNATO é seu nome, uma vida inteira dedicada ao comércio varejista da
Laguna. Educado, atencioso, competente, eficiente. A “ alma da loja”, diziam os
fregueses.
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Certo dia
ele não apareceu na loja. Amigos estranharam sua ausência. Um mal súbito o impedira de sair do
apartamento. Mora sozinho.
Devidamente
medicado e amparado por familiares recuperou-se.
Lúcido, está, atualmente, numa Clínica de
Repouso, em Tubarão.
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A ACIL está
comemorando 95 anos de existência. Uma boa ocasião para prestar uma homenagem
ao balconista Aládio Fortunato. Exemplo de vida e dedicação ao comércio da
Laguna.
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EMPONDERAMENTO
FEMININO NA POLÍTICA.
Câmara
federal – dos 513 deputados só 10% são mulheres.
Senado: 81
senadores. Mulheres: 16%.
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Na ALESC – Assembléia Legislativa de Santa
Catarina dos 40 deputados, só 4
mulheres.
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E, NA
LAGUNA?
Em julho de 1839, na Câmara que elegeu o
presidente da República Juliana, só havia homens.
179 anos se
passaram. Nesse período, apenas seis
(6) mulheres foram eleitas para o Poder Legislativo Municipal.
Foram elas:
Adelaide
Andrade Ramos – Ponta da Barra.
Maria José
Mariath –Centro.
Terezinha
Martins - Cabeçuda.
Zuleide
Maurício Rosa. Bairro Progresso. Reeleita.
Neire
Stupp - Centro.
Nega Mattos
– Bairro Progresso. Reeleita.
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Atualmente,
Nádia Pinho, do bairro Mar-Grosso (suplente) substitui o titular por tempo
indeterminado.
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PODER
EXECUTIVO
As duas
representantes do sexo feminino, eleitas vice -prefeitas, não tiveram vez,
foram boicotadas pelos respectivos alcaides.
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Hora de
reagir e provar que “ costela de Adão” é osso duro de roer.
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TERCEIRIZAÇÃO
JÁ!
Pelo que se observou nos últimos anos, a
função de “ Primeira Dama” do município está a
caminho da extinção.
Já que o
“cargo” está vago, não seria o caso de se “terceirizar”a função de “Primeira
Dama”, administrativamente, é claro.
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O NOVO CANAL
DA MANCHA
Diante da
impossibilidade de estancar o esgoto, que corre na Praia do Mar-Grosso, a
Prefeitura resolve canalizar o problema, diretamente, para o mar.
Entendidos garantem, que a obra vai ficar um “troço”.
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DO FUNDO DO
BAÚ
Edésio
Joaquim, figura muito querida na cidade, gostava de passar os finais de semana,
com a neta, no balneário de Itapirubá.
Naquele
sábado não foi diferente. Edésio saboreava umas cervejinhas super geladas na
beirada da piscina de plástico da netinha, quando caiu de borco dentro d`água.
Afogou-se em
50 centímetros de profundidade.
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Respiração boca-a-boca, gritaram todos!
Surgiram
duas moças, experientes salva-vidas.
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___ Um
momento, gritou alguém. Precisamos resolver uma questão de jurisdição.
___O afogado
está em território pertencente a Imbituba ou a Laguna?
Existe um litígio de fronteiras entre os
dois municípios.
A mocinha
contratada pela prefa de Laguna era musculosa,
e sem muitos atrativos femininos.
Já a outra,
da Zimba, era um mulheraço, morena, bonita e cheia de
curvas.
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Edésio,
fingindo falta de ar, resolveu tirar proveito da situação.
Com um
espasmo violento, conseguiu arrastar a
piscina alguns centímetros para o norte, postando-se já dentro do território
imbitubense.
A boazuda da
Zimba debruçou-se sobre ele.
A respiração
boca-a-boca foi de tirar o fôlego.
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Edésio sobreviveu,
mas voltou a desfalecer, ao saber que a tal “salva-vidas” da Zimba
era uma conhecida “traveca” da região.
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