DISPARADA
A Távola
Redonda dos políticos brasileiros chama-se
“Coligação”. Um lugar onde, entre conchavos, escolhe-se o cavaleiro, que
irá nos representar nas assembléias oficiais.
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Em Laguna
chegava a um melancólico fim, o caricato
governo da “Babilônia”.
Surge no
horizonte um novo paladino, montado num cavalo branco, levando esperanças ao
povo. Tratava-se de um lorde, Barão de Candemil, muito bem recomendado pelo
Poder Central.
Após vencer o duelo contra o sultão Samir
Saladino caminhou soberano, pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro
Sir Júlio, da nobre Casa de Willemann.
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Não sabemos
se a mula mancou, ou o cavalo “empacou” mas, a verdade, é que um governo que
começou cheio de “Grau” chegou ao término de seu primeiro ano de mandato, sem
deslanchar.
Ainda bem
que a esperança é a última que morre...
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Lembrando
Aguinaldo Willemann, pecuarista e dono do açougue onde eu comprava, de caderneta,
ofereço ao Júlio, seu filho e atual vice-prefeito, trechos da música de Geraldo
Vandré, “ Disparada”:
Boiadeiro
muito tempo
Laço firme e
braço forte
Muito gado,
muita gente
Pela vida
segurei
Seguia como
num sonho
E boiadeiro
era um rei
Mas o mundo
foi rodando
Nas patas do
meu cavalo
E nos sonhos
Que fui
sonhando
As visões se
clareando
As visões se
clareando
Até que um
dia acordei
Então não
pude seguir
Valente em
lugar tenente
E dono de
gado e gente
Porque gado
a gente marca
Tange,
ferra, engorda e mata
Mas com
gente é diferente.
Se você não
concordar
Não posso me
desculpar
Não canto
pra enganar
Vou pegar
minha viola
Vou deixar
você de lado
Vou cantar
noutro lugar (...)
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Qualquer cavaleiro sabe que se deixar o bicho correr de rédeas soltas, a coisa vai pro brejo, definitivamente.
Exemplos não faltam por este Brasil afora...
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NA MOITA
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Aqui, na
Santa Terrinha, pouca coisa mudou. Inicialmente, surrupiaram as placas de
bronze dos nossos monumentos históricos.
O sino
do Museu Anita Garibaldi, que badalou a
história da cidade durante séculos, também, foi levado pela mão boba dos
“amigos do alheio”.
Nesta semana, vândalos teriam arrombado a porta, e invadido
o museu, bem ao lado do Monumento à
Heroína Anita.
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A Turma do
Chedão preocupada com a onda de roubos,
fez uma “ vaquinha” para
contratar um detetive especializado em crimes contra o Patrimônio Público.
O Inspetor
Edésio Clouseau ( ex- pantera cor de rosa) topou a parada.
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A primeira
testemunha a ser ouvida foi Anita Garibaldi.
No dia do
crime ela estava em Imbituba, a convite, prestigiando a encenação da peça que
relembrou seu batismo de fogo, ocorrido em 4 de novembro de 1839.
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Utilizando
uma lupa comprada na última loja de 1,99 da cidade, Inspetor Edésio seguiu as pegadas do meliante.
O
suspeito esteve nas imediações do Mercado Público, e dali seguiu
até à Casa de Anita. Fechada.
Após circular em torno da Matriz, o homem seguiu em frente. Diante da Fonte da Carioca, mal pintada, e na semi
obscuridade, o ambiente favorecia a seus propósitos.
Resistiu.
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Às portas do
Museu sua situação era desesperadora. Subiu a escadaria disposto a tocar o sino
e acordar o vigia.
___ Não
havia mais sino!
___ Seu
tempo estava acabando...
Arrombou a
porta do Museu, correu até o urinol do Conde D`Eu, e aliviou-se...
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Conclusão
das investigações:
__ A falta
de banheiros públicos na cidade
pode levar o homem a tomar atitudes
impensadas.
Não fosse a
argúcia do Inspetor Edésio e tudo continuaria, na moita...
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CAEM OS
ÚLTIMOS SÍMBOLOS DE UMA ÉPOCA
O “Goiabão”, um quiosque na areia da praia,
tornou-se o ponto de encontro dos jovens
na Praia do Mar-Grosso até o surgimento do calçadão, na Rua Tubarão, o novo
“point” da moda. Fissura, Sambão,
Sorvetão, Baleia Branca e o “Zebrão”, do
“Nelson Ned”comandavam a festa.
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O calçadão
murchou. Na Avenida Beira-Mar os últimos
marcos da antiga praia, vão desaparecendo. O primeiro foi o Turismar Hotel,
semana passada o Baleia Branca e, agora, foi a vez do “Ondão”.
Hotel e Restaurante “ONDÃO” do guerreiro
Enzo, craque do futebol de areia, o
terror das peladas de praia.
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CURVAS DO
IRÓ ou CURVAS DO MIRÓ?
Valmir Guedes, o guru dos blogueiros
lagunenses, continua irritadíssimo com esse troca-troca de nomes de ruas.
___ Querem
trocar o nome da Rua Luiz Severino Duarte por “ Curvas do Iró”.
Acho que houve erro de digitação, eles
querem dizer “CURVAS DO MIRÓ,” para lembrar o grande incidente aviatório ali
ocorrido.
Manhã de
domingo. Sol de verão. O avião do piloto Romualdo Romagna brinca nos céus da Praia do Mar-Grosso, executando piruetas graciosas.
Ao lado do
Romualdo, o eficiente co-piloto Miró.
No banco
traseiro, o fotógrafo Ibraim Bacha ia clicando todo o visual.
Ao cruzarem sobre a Praia do Iró algo nos
rochedos chamou a atenção do Miró que, excitado exclamou:
___ BACHA!
BACHA!
O piloto
entendeu: BAIXA! BAIXA!
E, foi
baixando, até dar com os burros n`água, afundando . Felizmente, além do banho, só perdas
materiais.
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O que o Miró
teria avistado, que provocou o tal acidente?
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Mistérios das Curvas do Iró, ou seria do MIRÓ?
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rédeas soltas, a coisa vai pro brejo, definitivamente.
Exemplos não faltam por este
Brasil afora...
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